@ tainah negreiros

sábado, 21 de fevereiro de 2009

quando não fazemos idéia

Que bonito esse cinema de Gus Van Sant que vem falando de viver, e desse viver quando se é só um menino e o mundo é estranho demais. Esse cinema que filma um mundo que tem fome de abraços.
Junto a Elefante o diretor constrói um poema sobre a atenção não dada, sobre a nossa incompreensão sobre um tempo, sobre meninos e meninas em um tempo, em algum lugar. Sobre como quando ele nos mostra seus meninos, quando simplesmente os filma com todo seu peso e sua confusão e aquilo é tão poderoso que é como se fosse a primeira vez, como se precisassem ser apresentados já que não fazemos idéia. Não fazemos idéia.
Como se eles não tivessem por aí em tantos shoppings, ruas, pistas de skate, numa escola aqui ou lá. Como se não estivessem em alguma escola com suas camisetas amarelas esperando por um beijo.