Trust nos traz algo de despreparo, talvez pelo sorriso dos personagens que não vem ou pelo modo de não se encaixarem. Não são da família, nem do trabalho, nem da escola, de lugar nenhum. Só vi o filme essa semana e posso dizer que foi um dos que mais me fez sentir confrontada, é das poucas coisas que consigo dizer sobre ele no momento. No mais o que temos é a desorientação, o desespero, e a retidão dos personagens mesmo quando a vida parece não fazer nenhum sentido. A retidão e seriedade de Maria e Mathew me parece ser o que há de mais comovente nesse filme que ainda tem muito o que se descobrir.
Há um cansaço nos personagens que vem das repetições dolorosas da vida, fruto principalmente do trabalho e da família. A vida e o cinema são uma luta obscura e difícil, como já nos disse Pascal Bonitzer. Trust é sobre isso, sobre se reconhecer e se unir nessa luta de todo dia que é ir vivendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário