Quantos encontros haverão com Clarice? Voltei a ler sua biografia, que tinha abandonado ainda no fim do ano passado nem sei por que. Talvez pela minha fragilidade e força muito feminina desse começo de ano, voltar a ler a trajetória de Clarice faça ainda mais sentido, apesar de sempre ter preferido o que ela tinha a dizer e a manter em segredo sobre viver.
Me senti um tanto desconfortável no começo com o tratamento do autor na biografia, mas agora já começo a lhe entender, mas ainda fico com uma mania de procurá-la nas brechas da narrativa interessada de Moser.
E ela se parece muito com a minha vida, muito mesmo, não sua história, mas ela, se parece com a minha vida, com esse jeito dolorido de encarar as coisas que consegui melhorar, e com o jeito de estar bem, mas cansada, sei que é pretensão dizer isto, mas é que hoje o dia é dela, disso que reconheço nela, nesse senso de confissão sem deus, por essa espera de deus "como quem cai no nada". E claro, sei que ela não é só minha, só hoje a noite, com saudade da minha casa, e da vista do quarto que não vou ter mais. É, nessa confissão como quem cai no nada.
Fiquei com saudade demais dela, e dos anos que a lia todo santo dia pela companhia do seu entedimento e da sua doação. E tem uma coisa feminina que eu elaboro esses dias, que eu desejo filmar, escrever, nem sei o que é, comecei a dizer pra Mari, pra Arthur, mas não sei bem o que é, sei que intuitivamente me voltei pra bio da Clarice e fico pensando no que ela já me dizia faz tempo.
@ tainah negreiros
terça-feira, 30 de março de 2010
how beautiful could a being be
sexta-feira, 19 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
cinema transcendental
esse "Shara" de Naomi Kawase me fez pensar sobre tudo
sobre a casa
sobre a vista do rio que tenho do avião e que me faz chorar
sobre passar pelo rio pra ir a qualquer lugar
sobre quando não haviam vizinhos
quando havia muita lama
e ainda não tinham cortados as mangueiras
lembrei de quando arthur chegou lá pela primeira vez
esse filme da kawase me baqueou
me fez pensar com muita força
no xamego do meus pais com cada planta que brota.
sobre a casa
sobre a vista do rio que tenho do avião e que me faz chorar
sobre passar pelo rio pra ir a qualquer lugar
sobre quando não haviam vizinhos
quando havia muita lama
e ainda não tinham cortados as mangueiras
lembrei de quando arthur chegou lá pela primeira vez
esse filme da kawase me baqueou
me fez pensar com muita força
no xamego do meus pais com cada planta que brota.
segunda-feira, 1 de março de 2010
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