@ tainah negreiros

segunda-feira, 29 de junho de 2015

o incrível relevo das coisas no ar
ainda hoje tocam o coração. quanto a mim, acredito
que uma árvore, um rochedo se perfilando sobre o céu
foram deuses desde o começo

C. P.

domingo, 28 de junho de 2015


 você olhava a oliveira, a oliveira na trilha que percorreu
todos os dias durante anos e chega o dia
em que o tédio o abandona.
e você acaricia o velho tronco com o olhar,
quase como se ele fosse um amigo reencontrado
que lhe dissesse exatamente
a única palavra
que seu coração esperava.

Pavese

domingo, 21 de junho de 2015

terça-feira, 16 de junho de 2015



Nos filmes de Lana e Andy Wachowskis as pessoas voam. Não um vôo banal, mas de uma leveza depois de um enfrentamento do próprio destino, de um mundo que precisa ser reinventado nesse percurso.
Sense8 segue a proposta dos cineastas de reencantamento do mundo através da crença nas conexões. Conexões que se dão apesar e pelas diferenças. Uma proposta mística, esotérica, espiritual, cara de pau, de entonações diferentes e nem sempre igualmente agradáveis, mas que carregam a beleza desse compromisso da dupla com suas questões. Lana e Andy se interessam pelas dores e alegrias de ser o que se é e em como isso nos conecta uns aos outros nos encontros, ou através de um chamado distante que também pode ser ouvido.

Lana e Andy são do tipo que acreditam.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Não. Ninguem sabe de ninguém os mundos
que cada um habita.

Falo-te. Nunca te disse.
em longas falas digo-te coisas tão particulares
de cada um de nós
de tudo em volta.
Das pequenas misérias diárias
dos pequenos nadas
do livro que se leu.
Do que se sente
do que se pressente
do que dói.
das coisas diárias...

(Maria Keil, Árvore de Domingo)

um sinal de que terminei algum afazer importante que atrapalha as distrações
é que as prosas poéticas sobem na pilha
e começo também a mexer nas tintas.