@ tainah negreiros

domingo, 13 de janeiro de 2019

Filha de Ninguém (Hong Sang Soo, 2013)


Haewon encontra sua mãe que em breve viajará para o Canadá para "fazer o que quiser." A mãe é enfática sobre o que deseja da vida. Haewon teme a sua partida mas acredita na necessidade verdadeira de expansão daquela que lhe criou. Essa primeira parte do filme Hong Sang Soo é uma preparação, é um fortalecimento. Deixar que a mãe vá é algo imenso que atravessa esse filme do cineasta sul coreano. Na segunda parte, o diretor Lee, amante da jovem, joga com seu emocional, tenta dirigí-la, controlar a relação e as medidas da exposição da história que vivem mas torna-se somente um bobo patético e covarde distante  da verdade da existência de Haewon. A primeira parte e a segunda parecem independentes mas se ligam profundamente, isso porque o fortalecimento fruto da ambivalência laço e desapego  da relação com a mãe constitui a mulher que Haweon será em suas relações, o tipo de coisa que valoriza e o que tem força para rejeitar. Ela é a filha de ninguém para ser também mãe de ninguém, de homem bebê chorão nenhum.