@ tainah negreiros

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

a outra banda da terra


Tenho uma amiga do outro lado do Atlântico que me escreveu falando do azul, do azul que ela vê, e do meu azul que ela imagina.
Esse é o meu, lá onde eu cresci e gastei a minha história.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

conta os fios dos teus cabelos
sonhos e anelos
conta-me se o amor não tem fim

domingo, 13 de setembro de 2009


No início de "Two Lovers" a personagem de Vinessa Shaw, Sandra, diz que quis conhecer Leonard após ir à lavanderia que ele trabalha e ter visto ele chamando a mãe para dançar. E ele lhe diz:"Isso é muito eu mesmo". Leonard dança com Michelle em uma boate, tenta lhe beijar o pescoço e depois, decepcionado, arranca um resto de papel colado na parede de um poste enquanto a espera. Ali, talvez ainda não saibamos, mas o filme vai tratar de construir e dizer, aquilo é "muito Leonard", e em gestos como esse é que está a força do filme de James Gray.
Não sei bem sobre o que é o filme, mas sei o que lhe interessa mas suspeito que o filme se volta para  as expectativas. Expectativas que alimentam e também podem ser tão destrutivas. O filme trata desses tempos de espera tantas vezes vividos em que rezamos para que alguém chegue porque o não chegar quer dizer desmoronar, quer dizer em um instante perder tudo. "Tudo", nesse filme, parece ser Michelle, ou a vibração e energia que ela parece carregar consigo, energia entregue às drogas e ao relacionamento autodestrutivo. Isso tudo em constraste com a beleza tranquila de Sandra que "invade" a casa de Leonard e lhe diz do seu desejo assim simplesmente.

 Gosto de pensar nos personagens um tanto longe do contexto familiar e de pressão de que o filme também fala, como na cena em que Leonard ameça ir embora e a mãe lhe olha e lhe diz que, para além de tudo que ele esteja envolvido, quer que ele seja feliz - para além da possível chantagem das relações de poder e interesse que podiam tomar lugar do filme naquele momento. Mas a questão é de querer ser feliz mesmo,do que essa expectativa e desejo envolvem e dos lugares onde a felicidade se acha.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Chove o dia inteiro em Curitiba.
Eu ia pro Rio hoje.
Voltei a ouvir Nick Drake, acho que por causa da chuva.
Conversei longamente com Mariana sobre Caetano e sobre o que ele nos diz.
Rimos tanto.
Arthur me mostrou uma carta escrita por um crítico filipino para sua namorada jornalista eslovena
os dois foram mortos por assaltantes em sua casa em Quezon City
a carta falava sobre filmes, cidades, sobre as filipinas e sobre a eslovênia.
Ontem encontrei uma amiga de Minas, a Rebecca.
Falei com meus pais pelo skype, a voz deles tinha tanta saudade quanto as palavras.
Disse pra Arthur de uma perplexidade que me tomou
de pensar em não ter conhecido essas pessoas de longe que conheci por aqui, pelo computador
Pensei isso logo que Rebecca se despediu
O que eu já pensei tantas vezes assustada "E se por um triz não tivesse encontrado Arthur?"
Que susto!
Eu e Arthur saímos andando pela rua, nos demos conta dos meses que estamos juntos
E hoje eu disse pra Mari do que pensei
É assim
Eu também quero ir pra rua
mas não para de chover em Curitiba.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

saudade de São Raimundo Nonato
meu pai me mostrou fotos lindas que tirou lá
de árvore, reza e pássaro
nessas tardes as canções de Sá & Guarabyra se parecem com a estrada que leva até lá
saudade de uma cadeira na calçada
em frente as casas coloridas