@ tainah negreiros

sábado, 30 de janeiro de 2016

Pasolini

 Ferrara trata os últimos dias de Pasolini como um mistério. O mistério que há numa existência vibrante que se vê séria diante das percepções que tem sobre o mundo. O mistério de sua existência. Ponto. O mistério que se firma nessa escolha por filmar o privado, o íntimo desse último dia desse sujeito tão público. O grande íntimo diz sobre o imenso que é público.
Ferrara faz isso através de uma observação da presença do artista entre aqueles que o queriam bem, que o conheciam há muito tempo, ou diante do jornalista que tenta arrancar de forma frustrada dele algo que não seja sua imensa verdade sobre nossa existência e sobre os seus rumos. O Pasolini de Ferrara e Dafoe parece entender que esses caminhos dizem respeito a ele muito pessoalmente. Todo seu caminho é triste, quase premonitório.
Várias das imagens mostradas por Ferrara são como vazios da famosa narrativa sobre sua morte. O que ele teria comido? Que conversas teria tido? Que olhares teria dado para o jovem que ajudaria a matá-lo? O que se contou não ajudava em nada a entender quem ele era.. Esses momentos de intimidade sim.
até aqui muito azul hortência, muito amarelo desaturado e um verde que misturo com um pouco de azul cobalto. para esse ano talvez mais vermelho.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

essa história de gostar de alguém já é mania que as pessoas tem.
The Raven, de David Inshaw (1971)


I sleep like a soldier, without rest
but there is no treason,
where there is only lawlessness
(Soft as Chalk, Joanna Newsom)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016


No nosso começo de ano pudemos tocar nas pedras de antes do tempo.

domingo, 10 de janeiro de 2016

frágil
de mim sentem compaixão
tudo me agride
menos joanna newsom