@ tainah negreiros
domingo, 20 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
domingo, 23 de agosto de 2015
sábado, 15 de agosto de 2015
domingo, 9 de agosto de 2015
terça-feira, 28 de julho de 2015
segunda-feira, 20 de julho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
terça-feira, 16 de junho de 2015
Nos filmes de Lana e Andy Wachowskis as pessoas voam. Não um vôo banal, mas de uma leveza depois de um enfrentamento do próprio destino, de um mundo que precisa ser reinventado nesse percurso.
Sense8 segue a proposta dos cineastas de reencantamento do mundo através da crença nas conexões. Conexões que se dão apesar e pelas diferenças. Uma proposta mística, esotérica, espiritual, cara de pau, de entonações diferentes e nem sempre igualmente agradáveis, mas que carregam a beleza desse compromisso da dupla com suas questões. Lana e Andy se interessam pelas dores e alegrias de ser o que se é e em como isso nos conecta uns aos outros nos encontros, ou através de um chamado distante que também pode ser ouvido.
Lana e Andy são do tipo que acreditam.
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Não. Ninguem sabe de ninguém os mundos
que cada um habita.
Falo-te. Nunca te disse.
em longas falas digo-te coisas tão particulares
de cada um de nós
de tudo em volta.
Das pequenas misérias diárias
dos pequenos nadas
do livro que se leu.
Do que se sente
do que se pressente
do que dói.
das coisas diárias...
(Maria Keil, Árvore de Domingo)
que cada um habita.
Falo-te. Nunca te disse.
em longas falas digo-te coisas tão particulares
de cada um de nós
de tudo em volta.
Das pequenas misérias diárias
dos pequenos nadas
do livro que se leu.
Do que se sente
do que se pressente
do que dói.
das coisas diárias...
(Maria Keil, Árvore de Domingo)
quinta-feira, 28 de maio de 2015
domingo, 24 de maio de 2015
sábado, 9 de maio de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Esta é a idéia: "ir para casa, descansar". É uma palavra ou uma frase muito simples: "Vou para casa", "descansar".
terça-feira, 21 de abril de 2015
terça-feira, 14 de abril de 2015
segunda-feira, 6 de abril de 2015
"O problema que nos ocupa não é o de uma consciência maior ou menor dos meios de expressão, nem da passagem de um estado ingênuo a um estado intelectual: trata-se de opor uma arte que estaria fechada sobre si mesma, que se contempla a si mesma, e uma arte que contemplaria o mundo."
"A arte não muda a natureza. Em algum momento Cézanne, Picasso ou Matisse nos deram olhos todos novos."
Rohmer
domingo, 5 de abril de 2015
sábado, 4 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Pintores, a cidade, a paisagem e as coisas
Em "O Pintor e a Cidade", Manoel de Oliveira procurou olhar para o Porto buscando as cores e formas que Antônio Cruz colocava em suas aquarelas. Quando pensamos no filme, as cores da cidade coincidem com as cores da paleta de Cruz. A memória do filme é a de um vermelho ocre convivendo com várias tonalidades de cinza e marrom. Olhamos tudo como pintores, ou como quem procura por algo que o artista descobre. Ele também aparece, também faz parte do cenário composto por barcos, águas, casas, barracos e crianças, muitas delas.
Danièle Huillet e Jean Marie Straub também se lançam sobre a paisagem e os quadros em seu filme "Cézanne", em que impressiona e comove a persistência em entender o olhar do pintor que leva até seu gesto e como, através dele, alcança a materialidade desejada. Huillet e Straub explicitam essa sua intencionalidade em tudo, no rigor e consistência da fala de Danièle (ela fala como Cézanne pinta? No filme as palavras são como volumosas quantidades de tinta que colorem o que existe e deve ser visto), nos planos que nos dão o tempo que se deve olhar para uma paisagem em busca de suas cores, volumes, ou em busca de seu excesso de presente físico e do passado que fazemos ou não fazemos idéia. Aquilo que Danièle recita a certa altura como sendo a "psicologia da terra".
segunda-feira, 23 de março de 2015
terça-feira, 10 de março de 2015
"O pintor alemão Hans Puumann, rememorando seus tempos como discípulo e aliado de Matisse, conta que "alguns colegas" do ateliê de Matisse foram perguntar ao pintor "de que cor eram os chapéu e o vestido que aquela mulher estava usando, tão incrivelmente berrantes. E ele, exasperado, respondeu: 'São pretos, claro'"
"É evidente que existem coisas no quadro que nunca vão se converter em equivalentes de partes familiares do mundo - notadamente o fundo azul e verde de cada lado do rosto -, mas existem ínúmeras outras que se convertem ou se converteriam, se deixássemos."
"É claro que Matisse usou a "mesma" cor ou levíssimas variantes para coisas totalmente diferentes. Ele espera que percebamos isso (...) O pintor quer que vejamos a sutileza, e também a intencionalidade, de suas variações sobre um tema, ou como ele enxerga diferentes coisas à mesma luz; mas espera ainda que notemos o salto decisivo que foge da escala estabelecida."
"Perguntamo-nos agora, considerando esse ponto de vista, o que acontece com a "expressão" da sra. Matisse. Que palavra a definiria? Cautela? Tensão? Reprovação? Desconfiança? Desdém? É possível ver um toque de desgosto, ou ansiedade, ou até um leve medo? Ou ela está apenas distante? Em algum lugar, sozinha.
Sabemos, por dados biográficos, que Amélie Parayre acabara de passar por uma situação terrível, publicamente. Protegia-se com uma tremenda couraça, mas talvez, compreensivelmente, sempre à espera do pior. Hilary Spurling cita uma frase sua, dita anos mais tarde: "Estou em meu elemento quando a casa pega fogo."
"Tudo é extramamente moderno. Olhos, lábios, e sobrancelhas de Parayre são como os imagino em Dora, de Freud, ou em Ursula Bragwyn, ou em Maggier Verver. 'Fique firme, minha pobre querida", diz Maggie a si mesma enquanto a situação piora, ' sem terror demais -, e tudo se resolverá de alguma forma'.
"A profundidade será encontrada na superficialidade, a espontaneidade rebrotará da fria técnica. A abertura e a vulnerabilidade absolutas só serão descobertas por um processo de rigoroso mascaramento e grande formalidade. De certo modo, o sentimento e a razão são, nos momentos cruciais de Matisse, estranhamente a mesma coisa. Um determina a forma do outro. No modernismo, a Moda está sempre recitando o grande verso de Leopardi. Dona Morte, diz ela, Dona Morte. O laranja é azul, e o rosa é verde mar. E todas as cores do arco-íris são pretas."
(T.J Clark. A consciência de Matisse. Disponível na coletânea Matisse: Imaginação, Erotismo, Visão decorativa, organizada por Sônia Salzstein)
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