Dá gosto ver como Karim Aïnouz filmou este Céu de Suely. E é bom logo falar do céu, porque já no começo ele está lá lindamente fotografado por Walter Carvalho. E fazia tempo que eu não reparava tanto no céu em um filme.
É preciso falar também do olhar, do jeito carinhoso que o diretor filma, e como essa forma de filmar surge como um pedido pra que cheguemos perto de sua protagonista, dela que sente tanto, que sente muito e ainda não sabe direito o que fazer da vida. Aïnouz pede e a gente atende, porque é difícil resistir a ela seja na sua força ou na sua dor. Hermila é adorável quando ama, odeia, quando olha pro céu, quando diz coisa nenhuma ou quando quer “deixar o menino no mato e sair correndo”. São todos olhares que o diretor nos deixa ter, não nos impõe, ele deixa. E não é fácil olhar alguém assim tão francamente, tão de pertinho como olhamos Hermila nesse filme. É difícil, mas graças ao cinema, graças ao carinho, a gente atende ao pedido de Aïnouz e vale muito, muito à pena.
5 comentários:
Dica anotada...
Bjs.
nem vi, mas já li ótima críticas =)
apareço sim ... por aqui, por ali, o importante é aparecer!
=*******
*ótimas
Sei lá... Eu particularmente gosto, mas ambas são do tipo "ame ou odeie".
Bjs.
"Hermila é adorável quando ama, odeia, quando olha pro céu..."
Tainah tbm... ;p
Amoooo.
:***********
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