@ tainah negreiros

domingo, 26 de agosto de 2007

apenas a matéria vida era tão fina

O filme dentro do filme de Eduardo Coutinho procurava contar uma história encenada. O filme do filme, o filme outro é fora do controle, adoravelmente fora do controle já que o lhe interessa é o humano. Mesmo que seja clara a importância que Coutinho dá as ligas camponesas, aos nomes e suas histórias, mas há ali humanidade que se dá pelo tom, pelo frágil, pelo "como" e não pelo "que" que faz que o filme nao se encerre. Cabra Marcado pra Morrer passou na tv ontem e se mostra adorável. Acordei pensando nele, pensando em Elisabete, em João, e nos filhos que entenderam e na filha que chora sem entender direito porque só ela a mãe "entregou". E desses porquês e na falta deles que Coutinho circula, acompanha, e nem é preciso dizer tanto. Coutinho escolheu Elisabete, aqueles homens e mulheres, nem é preciso apontar, a sua existência na tela já é contundente. Coutinho sabe que aqueles homens e mulheres antes de falar, contar, antes de tudo isso, eles existem.

Um comentário:

Lucy, disse...

=]

;*