@ tainah negreiros

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Vivência


Essa moças de Schiele me lembram esses sonhos sujos que o título do blog se refere. Sonhos que são sujos na verdade nem por sê-los, é quase um jeito bobo de dizer o que achariam os outros se soubessem deles, se soubessem da sua falta de razão. A moça de Schiele me lembra a mulher que penso agora, a mulher nua pela casa numa procura, num zelo e numa naturalidade de nudez que vai desconcertá-lo. Ele que a ama com uma naturalidade de amor que a comove. A mulher ri atrás do rosto sério e do medo das incertezas. Ela ri longamente com ele, riem com toda a boca e olhos. Os móveis não estão no lugar e o peito deles às vezes é um, às vezes encostados, às vezes não. Ela o ama. A cama depois de arrumada, pronta pra se amarrotar na noite sem sono. Ela o ama. A luz da cozinha ficou ligada, eles estão cheios de pensamentos. Ele a ama. E eles notam que sim, eles sabem da vida.

6 comentários:

Aline Chaves disse...

gosto de vir aqui.
é tudo sempre tão bom. o texto de hj me dá vontade de deixar a luz da cozinha ligada tb.

beijo!

Anônimo disse...

Curiosamente, quando leio tuas coisas me sinto bem.

Diogo disse...

"A cama depois de arrumada, pronta pra se amarrotar na noite sem sono."
adorei isso.

Anônimo disse...

Às quando um sonho é realizado, todo o amor e atenção são dispensados, vão embora.
Mas se é apenas ilusão ou uma forte emoção, em meio à tantas mentiras talvez se encontre a verdade.

Só digo que amor é a coisa mais desprezível, vil e vulgar que eu já tomei conhecimento.
Mas ainda assim, por que não morrer de amores?

Fika na paz garota ;]

Muri disse...

Vi seu blog numa comunidade do orkut e fiquei com curiosidade de entrar começando pelo nome...
gostei do texto muito bonito, passei aqui mais vezes!

abraços

Rebecca M. disse...

Bonito isso...

Tá sumida... Estou com saudades. mas venho aqui sempre pra te encontrar um pouco!

Bjo!