Dama na água na tv e a noite fica cheia de coisas. Shyamalan
desorientando meio mundo quando mais uma vez adianta com um grande
passo seu projeto de filme de crença, sua investigação sobre o que nisso
é ligação, comunidade, oralidade. Me fez pensar na defesa da narrativa de Benjamin, no convite dos dois à esperança através do que se repassa, das transformações que a oralidade e a narrativa permitem, no que nela é potência e vulnerabilidade, e de como isso diz de um mundo que carece de ser reinventado. Dama na Água é tão bonito, tão comovente e deixa nossos olhos tão desacostumados, isso porque parece que tudo é feito pra desmontar o
cinismo, o cinismo que quer dizer se acostumar a olhar. Pra ele é
assim, se desmonta cinismo é indo fundo numa história que pode ter sido
inventada por sua filha, pelo desprendimento, a liberdade e o frescor desprotegido que este modo de ver traz.
Um comentário:
quero ver!
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