Revista Sur: Acredita ser necessária a educação sexual?
Alejandra Pizarnik: De certo, pois o sexual é árduo.
R.S: Pelo fato de ser mulher, encontrou impedimentos em sua carreira? Tem tido que lutar? Contra o quê e contra quem?
A. P: Ainda que ser mulher não me impeça de escrever, creio que vale a pena partir de uma lucidez exasperada. Deste modo, afirmo que ter nascido mulher é uma desgraça, como é ser judeu, ser pobre, ser negro, ser homossexual, ser poeta, ser argentino, etc.. Claro que o importante é aquilo que fazemos com as nossas desgraças.
R.S: Onde acredita que está o problema mais urgente da mulher?
A.P: Os conflitos da mulher não residem em um só problema possível de assinalar. Neste caso, e em outros, o lema segue sendo: "Changer la vie."
(Trecho da reportagem feita com mulheres trabalhadoras e intelectuais argentinas realizada pela revista Sur e publicada em setembro de 1970)
Alejandra Pizarnik: De certo, pois o sexual é árduo.
R.S: Pelo fato de ser mulher, encontrou impedimentos em sua carreira? Tem tido que lutar? Contra o quê e contra quem?
A. P: Ainda que ser mulher não me impeça de escrever, creio que vale a pena partir de uma lucidez exasperada. Deste modo, afirmo que ter nascido mulher é uma desgraça, como é ser judeu, ser pobre, ser negro, ser homossexual, ser poeta, ser argentino, etc.. Claro que o importante é aquilo que fazemos com as nossas desgraças.
R.S: Onde acredita que está o problema mais urgente da mulher?
A.P: Os conflitos da mulher não residem em um só problema possível de assinalar. Neste caso, e em outros, o lema segue sendo: "Changer la vie."
(Trecho da reportagem feita com mulheres trabalhadoras e intelectuais argentinas realizada pela revista Sur e publicada em setembro de 1970)
Um comentário:
Changez tout... c'est très necessaire!
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