@ tainah negreiros

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Viajei sem meu livro de escritos do Matisse e essa tarde senti falta do que diz. Nesse contexto, me perguntei o porquê de gostar mais dele que de tantos outros grandes da pintura. Suspeito que por um entendimento. Ele fala um pouco disso ao mencionar um colega que o entendia por desprivilegiar a forma em determinado quadro, nesse caso era o da moça deitado no roxo mais bonito que ele já viu, em detrimento da presença desse roxo meio lilás e da suavidade do gesto demonstrada na sua simplicidade. Algo que poderia ser vista por muitos como grosseira. Matisse diz de forma enfática que esse amigo o entendia.

É como um raridade partilhada que não nos suspende nem nos melhora, é uma questão de amparo.

Um outro milagre da compreensão aconteceu esse ano com a Kira Muratova em um mês importante de descoberta. Esses dias tem sido com Joanna Newsom que parece ser a única a não me agredir. Ela segue como que acenando com a cabeça pra mim que sim, quase posso vê-la dizendo que tudo pode dar certo. Temos nos entendido muito bem.

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