Ferrara trata os últimos dias de Pasolini como um mistério. O mistério
que há numa existência vibrante que se vê séria diante das percepções
que tem sobre o mundo. O mistério de sua existência. Ponto. O mistério que se firma nessa escolha por filmar o privado, o íntimo desse último dia desse sujeito tão público. O grande íntimo diz sobre o imenso que é público.
Ferrara faz isso através de uma observação da presença do artista entre aqueles que o queriam bem, que o conheciam há muito tempo, ou diante do jornalista que tenta arrancar de forma frustrada dele algo que não seja sua imensa verdade sobre nossa existência e sobre os seus rumos. O Pasolini de Ferrara e Dafoe parece entender que esses caminhos dizem respeito a ele muito pessoalmente. Todo seu caminho é triste, quase premonitório.
Várias das imagens mostradas por Ferrara são como vazios da famosa narrativa sobre sua morte. O que ele teria comido? Que conversas teria tido? Que olhares teria dado para o jovem que ajudaria a matá-lo? O que se contou não ajudava em nada a entender quem ele era.. Esses momentos de intimidade sim.
Ferrara faz isso através de uma observação da presença do artista entre aqueles que o queriam bem, que o conheciam há muito tempo, ou diante do jornalista que tenta arrancar de forma frustrada dele algo que não seja sua imensa verdade sobre nossa existência e sobre os seus rumos. O Pasolini de Ferrara e Dafoe parece entender que esses caminhos dizem respeito a ele muito pessoalmente. Todo seu caminho é triste, quase premonitório.
Várias das imagens mostradas por Ferrara são como vazios da famosa narrativa sobre sua morte. O que ele teria comido? Que conversas teria tido? Que olhares teria dado para o jovem que ajudaria a matá-lo? O que se contou não ajudava em nada a entender quem ele era.. Esses momentos de intimidade sim.
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