@ tainah negreiros

sábado, 28 de outubro de 2017

Visages, Villages (2017)

O último filme de Agnès Varda, junto de JR, me desconcertou. Fui distraída demais. A impressão que compartilho é que a brincadeira, a diversão, o prazer são coisas demasiado próximas da morte. São seu contrário mas também constituídas dessa iminência. Brincar é seríssimo, não deve ser negligenciado. Brincar, celebrar, dançar,fazer alguém sorrir, criar lembranças, homenagear, clichês do prazer que Varda e JR esmiuçam e que não podemos perder de vista nunca. Há uma inserção de estranheza bonita nas coisas e pessoas que também me interessa, pretendo escrever com mais calma depois. Pensei imediatamente naquelxs que amo. Quis também que vivessem esse prazer de ver esse filme e das lembranças do primordial que ele traz.Tem o retorno a alguma fundamental, se tivesse que chutar diria que é a alegria, apesar de tudo. Penso nas crianças, na escola, que sabem como ninguém brincar, da seriedade e constante urgência disso. Pensei em quem amo e no mundo todo. Viva Varda! Obrigada!

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