O último filme de Agnès Varda, junto de JR, me desconcertou. Fui
distraída demais. A impressão que compartilho é que a brincadeira, a
diversão, o prazer são coisas demasiado próximas da morte. São seu
contrário mas também constituídas dessa iminência. Brincar é seríssimo,
não deve ser negligenciado. Brincar, celebrar, dançar,fazer alguém
sorrir, criar lembranças, homenagear, clichês do prazer que Varda e JR
esmiuçam e que não podemos perder de vista nunca. Há uma inserção de
estranheza bonita nas coisas e pessoas que também me interessa, pretendo
escrever com mais calma depois. Pensei imediatamente naquelxs que amo.
Quis também que vivessem esse prazer de ver esse filme e das lembranças
do primordial que ele traz.Tem o retorno a alguma fundamental, se
tivesse que chutar diria que é a alegria, apesar de tudo. Penso nas
crianças, na escola, que sabem como ninguém brincar, da seriedade e
constante urgência disso. Pensei em quem amo e no mundo todo. Viva
Varda! Obrigada!
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