Há uma criança
Há duas
um rosto enfiado no travesseiro
uma voz que falta
e eu sei que os ruídos
dizem sobre algo mais
de nome bonito e grande
quando significa
às vezes dou pra saber das palavras
e do silêncio que vem depois delas
sei também de um não largar
de um não largar maior do mundo
de uns nomes, de um jeito de se dizer
sei da neblina que eu não vejo
da náusea que eu quase pude sentir
de uma dor que aumenta à noite
e do que palavra não abarca
@ tainah negreiros
quinta-feira, 28 de junho de 2007
quarta-feira, 27 de junho de 2007
domingo, 24 de junho de 2007
Esses dias
O que eu faço com os meus passos pesados pela cidade? Andei reparando no meu andar por aqui e nossa, é pesado, arrastado. Eu me assusto e o meu caminhar carrega o meu querer e o meu assombro por uma cidade que dia após dia não é mais minha. Não sei bem se um dia ela foi, não sei, mas já me senti à vontade, já vivi a cidade, do meu jeito meio torto, mas vivi. Aprendo a fazer oração, e eu faço, sozinha na rua eu falo em um deus como se ele fosse meu, eu ameaço chorar, silencio. Não é fácil, não é fácil querer, sei que não é.
Eu ainda vou falar muito o nome dele sozinha até lá.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
quinta-feira, 14 de junho de 2007
sábado, 9 de junho de 2007
Felicidade Clandestina
Quem sabe eu aprenda. Quem sabe um meteoro caia sobre a minha cabeça nos próximos dias. Quem sabe os dias passem mais rápido do que eu imaginaria.
Quem sabe.
Agora eu tenho tudo isso no colo, nas mãos, no peito e eu seguro tão forte, tão forte, e ando por aí com todo peso que alguém apaixonado tem, eu ando por aí com o peso da distância, com o peso do tempo, do tempo que eu me alimento, do tempo que traz e leva as pessoas. Algumas eu sei que ele nao vai levar, e como é bom dizer isso nesse instante, às vezes eu dou pra ter fé, sabe, às vezes o mundo me traz isso e é bom, eu gosto de mim assim. Deito, perco o sono, sonho, choro, rio, celebro e amo, amo como nunca. A verdade é que eu acredito em milagres, daqueles que não vem de santos, mas vem de preces e de uma crença tão íntima que dói, num acreditar tão verdadeiro que não há escolha. Não, não há.
Não, eu nem quero tanta coisa, a resposta pro meu querer é bastante simples, simples demais. Quero dizer sim com um aceno, com um beijo e com um não querer largar maior do mundo.
"Que coisa grande essa! " - É meu peito que diz.
Quem sabe.
Agora eu tenho tudo isso no colo, nas mãos, no peito e eu seguro tão forte, tão forte, e ando por aí com todo peso que alguém apaixonado tem, eu ando por aí com o peso da distância, com o peso do tempo, do tempo que eu me alimento, do tempo que traz e leva as pessoas. Algumas eu sei que ele nao vai levar, e como é bom dizer isso nesse instante, às vezes eu dou pra ter fé, sabe, às vezes o mundo me traz isso e é bom, eu gosto de mim assim. Deito, perco o sono, sonho, choro, rio, celebro e amo, amo como nunca. A verdade é que eu acredito em milagres, daqueles que não vem de santos, mas vem de preces e de uma crença tão íntima que dói, num acreditar tão verdadeiro que não há escolha. Não, não há.
Não, eu nem quero tanta coisa, a resposta pro meu querer é bastante simples, simples demais. Quero dizer sim com um aceno, com um beijo e com um não querer largar maior do mundo.
"Que coisa grande essa! " - É meu peito que diz.
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