@ tainah negreiros

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

a sensação mais urgente que estas tardes quentes da cidade parecem trazer é uma certa angústia e uma certa solidão sobre não conseguir falar do tamanho disso. Dizer que esteve quente não é suficiente. Não sei mesmo se é possível levar alguém que não sentiu perto do que esse calor significa. Hoje entontei, pensei que o calor na verdade me empurrava para longe e mais uma vez quis ir. Preciso da serenidade que esse calor não deixa chegar, não deixa, não deixa. Talvez seja mais químico do que eu possa imaginar, talvez seja só a loucura de viver aqui mesmo.
Eu vinha pela janela do ônibus reparando na forma como as pessoas vinham à sua maneira vivendo, sobrevivendo sob o sol. Quando Caetano cantou é como se soubesse desse sol, precisa ter olhos firmes.

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