@ tainah negreiros
sábado, 1 de novembro de 2008
amor e guavira
De tempos em tempos algumas imagens parecem comover mais. Esses dias ouvindo tetê, lendo manoel é como sentir saudade da chapada e do pantanal que ainda não conheci, e é poderosa essa saudade do que ainda não se viveu. É ser alcançado.
É como uma revelação, como o rio que passa ao pé da rã, e o sabiá pousado enorme na codilheira dos andes. Lição linda de manoel que nessa tarde quente à beira do rio tetê canta e arthur traz com seu "passagem".
espero sua chegada, pro nosso amor que é também da rua virar nosso amor de mato, de rio...
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3 comentários:
saudades da natureza que ainda não conhecemos, mas que respira na gente. gosto de olhar fotografias em que o homem aparece bem pequeno diante de uma natureza primordial e independente. ontem estava na estrada viajando e vi, numa região de queimada, uma árvore pegando fogo. que visão triste e inesquecível. é como o 13º tiro de clarice.
teu texto é lindo.
beijos.
na vibe amor rural auhahuahua
=*
bonito seu blog...
no outro dia mesmo estava lendo manoel:
Sobre importâncias
Uma rã se achava importante
Porque o rio passava nas suas margens.
O rio não teria grande importância para a rã
Porque era o rio que estava ao pé dela.
Pois Pois.
Para um artista aquele ramo de luz sobre uma lata
desterrada no canto de uma rua, talvez para um
fotógrafo, aquele pingo de sol na lata seja mais
importante do que o esplendor do sol nos oceanos.
Pois Pois.
Em Roma, o que mais me chamou a atenção foi um
prédio que ficava em frente das pombas.
O prédio era do estilo bizantino do século IX.
Colosso!
Mas eu achei as pombas mais importantes do que o
prédio.
Agora, hoje, eu vi um sabiá pousado na Cordilheira
dos Andes.
O pessoal falou: seu olhar é distorcido.
Eu, por certo, não saberei medir a importãncia das
coisas: alguém sabe?
Eu só queria construir nadeiras para botar nas
minhas palavras.
Manoel de Barros
Boa noite para você
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