Quantas vezes não pensamos no quanto a religião ou todo o falatório católico esteve e está distante da vida? O filme de Nanni é sobre este isolamento, alienação e mais que isso: sobre o peso de algo que não interessa a este homem, sobre decidir se voltar para humanidade, no que há de mundano nela, e não para o que a "santidade" poderia lhe oferecer.
Levar seu papa pra rua, depois de adentrar em todo misterioso e cômico ritual católico, é uma proeza que nos traz o Nanni, na comicidade de tudo aquilo, o que temos é uma rara beleza de descoberta da cidade, das pessoas. Trata-se de uma lindíssima recusa de poder, de centro e de escolha pela vida, pelo miúdo dela. Do homem, que apesar da recusa, não se retira de dizer de uma necessidade de mudança, da força que exige essa necessidade de mudança, e como sabemos, ao acompanhá-lo nesta andança pela cidade, como se ela fosse uma coisa toda nova, que o que é preciso é se voltar para o cotidiano, e que a religião, qualquer que seja ela, perceba tudo isto.
Um comentário:
até curti mais o filme depois de lê sua resenha ,D
Postar um comentário