@ tainah negreiros

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Melô



Romaine sorri para Marcel na mesa, lhe faz uma visita,  toca uma canção com ele, olha nos olhos dele sempre que pode,  toca nele sempre que pode também, dança, dorme com ele, se espalha apaixonada por todos os lugares do apartamento dele, atira-se no chão, treme-se inteira nos braços dele por paixão e também por uma imensa tristeza.
Ela enlouquece, não quer fazer mal ao marido que ela ama, o sacode para que ele, quem sabe, perceba que ela também ama outro. Deseja o melhor pra ele na vida. A certa altura da sua confusão,  com ele no quarto doente, ela dá cambalhotas. Uma, duas, três. É um ato de desespero mas é também um ato de amor. À la Romaine, à la Sabine.

Romaine é também Maniche.
Maniche, segundo Romaine, é nada, menos que nada.

Nenhum comentário: