Temos o rei e suas distrações estando nesse lugar que não lhe cabe, nesse lugar que ele inocentemente acreditou, no início, ser definido simplesmente pela sua palavras - pelas suas belas palavras por "justiça, liberdade e por uma melhor distribuição da riqueza". Um progressista na vida pública, um cara sujeito às paixões na vida privada. A vida pública de um rei é impossibilidade para o sujeito vegetariano, apaixonado, distraído, interessado pela beleza, pela dança, pelas possibilidades da vida que se mostram entre um gesto ou outro de delicadeza e entre um sonho e outro extravagante dele. Seus sonhos só comprovam o que já suspeitávamos: o rei quer belas coisas para sua vida muito profundamente. O rei quer futilidades, quer belezas, seus empregados em casa também, sua mulher deseja coisas belíssima para ele e para o país. Como disse, os desejos todos são amplamente manifestados.
Miñarro nos deu uma filme deliciosamente ao contrário e o contrário da monarquia como conhecemos é uma beleza. Nessa corte e nesse pequeno universo toda proximidade é permitida, todo beijo é longo e com paixão.
Um comentário:
"Todo beijo é longo e com paixão" - define esse filme cheio de cor e intensidade...por mais clichezudo que isso soe, é sinestésico até o último segundo
Postar um comentário