Eu deveria vir até aqui e falar de Stalker. Falar dos cenários, da mise-en-scène, ou de como seus atores são magníficos. Usar linhas e linhas falando de sua cena final e do meu arrebatamento. Poderia vir e falar de toda a sensibilidade de Tarkovski e de como ele faz de seu filme um poema que acalenta corações perdidos como o meu. Ou ainda, falar sobre a febre que senti, ou falar do choro. É, talvez eu devesse fazer tudo isso mesmo.
Mas prefiro só dizer que ele me roubou do mundo. E que agora, nesse instante, não penso em nada melhor que se possa fazer por alguém.