não quero ouvir a tv, nem sentir a raiva que sinto no ônibus
do preço da tarifa
que como disse gullar, não cabe no poema
não quero
pra não perder a esperança que os alunos me deram, e me dão
a esperança que faz do medo seu avesso
o medo que o mundo os machuque
mate isso que neles é vivo demais, demais.
@ tainah negreiros
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
meu pai me diz
rio que nos uniu
segunda-feira, 17 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
todos os olhos
sábado, 1 de maio de 2010
Nave Maria
o filme de coutinho deve ser sobre a linguagem
sobre a linguagem e sobre a experiência extrema
sobre como a vivência se mostra através do esforço de dizer
me lembrou uma cena de um filme de antonioni muito bonito
em que o diretor personagem diz se sentir fadigado por filmar a cena que a mulher acaba de lhe descrever
em que ela lhe diz que esfaqueou o pai 13 vezes
e ele cuidadoso, preocupado, filmaria a cena do assassinato com somente três facadas
a fadiga, diz o personagem de john malkovich
é que ele se dá conta que a "verdade" da cena esteja justamente naquele número improvável
ou naquilo que talvez uma atriz não traria à tona
ou que traria de outra maneira, nova, mas também real
num olhar que nunca se viu, mas que também já se viu muito
porque ser ator deve ser isso, conhecer o rosto e olhar de muita gente
e buscar neles uma verdade
mesmo que no falsear.
mas é lindo que o filme é sobre mulheres, sobre as mulheres atrizes misturadas com as mulheres
as mulheres o quê?
a mulheres que viveram, que contam
as atrizes também viveram e contam, buscam referências suas
chegam a referências suas sem querer
é tanta coisa...
a mulher que chora com "procurando nemo"
e vai tentar mais uma, duas, três vezes com a filha
nem que seja a última coisa que ela vá fazer
todas as perdas
todos os partos.
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