@ tainah negreiros
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
quinta-feira, 11 de outubro de 2007

e tem um amor, um amor que fica, que surge fora do controle na fita de vídeo
on the videotape
on the videotape
dia bonito, o mais bonito que ele já viu.
domingo, 7 de outubro de 2007
domingo, 30 de setembro de 2007
aos trabalhadores de domingo
um ombro
talvez não tanto
mas um entendimento
um acenar com a cabeça que sim
sobre cansaço
cansaço quase meu
ou talvez
por sorte, quem sabe
seja um bom dia
talvez não tanto
mas um entendimento
um acenar com a cabeça que sim
sobre cansaço
cansaço quase meu
ou talvez
por sorte, quem sabe
seja um bom dia
terça-feira, 25 de setembro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
E foi no supermercado que mais uma vez aconteceu. Pensei no caminho de taxi até o apartamento, no elevador, no jeito que ele pegou no meu braço e disse uma coisa bonita, e o beijo. Sei de cada um daqueles minutos, segundos. Mas quando algo como isso acontece a sensação é de que foi tudo ontem, há pouco. Engraçado ninguém ter notado, mas eram muitas compras, preços, sacolas, e eu ali, me apaixonando mais uma vez.
É de todo dia.
É de todo dia.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Here she comes,
You'd better watch your step,
She's going to break your heart in two,
It's true.
It's not hard to realize,
Just look into her false colored eyes,
She'll build you up to just put you down,
What a clown.
'Cause everybody knows
She's a femme fatale
The things she does to please
She's a femme fatale
She's just a little tease
She's a femme fatale
See the way she walks
Hear the way she talks.
domingo, 26 de agosto de 2007
apenas a matéria vida era tão fina

domingo, 19 de agosto de 2007
sobre sentir o tempo
pelo cheiro que a camisa perde
pela pele que não quer só camisa
e o peito
e o sono
e esse meus sonhos de noite inteira
pela pele que não quer só camisa
e o peito
e o sono
e esse meus sonhos de noite inteira
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Notas sobre a noite
Eu ainda acho Beautiful do Belle a canção mais triste que já ouvi.
A saudade me pegou no pequeno corredor de casa.
Me perco numa camisa.
Ele.
A saudade me pegou no pequeno corredor de casa.
Me perco numa camisa.
Ele.
sábado, 4 de agosto de 2007

A mulher nos advinha.
"O prazer nascendo dói tanto no peito que se prefere sentir a habituada dor ao insólito prazer. A alegria verdadeira não tem explicação possível, não tem possibilidade de ser compreendida - e se parece com o início de uma perdição irrecuperável. Esse fundir-se total é insuportavelmente bom - como se a morte fosse o nosso bem maior e final, só que não é a morte, é a vida incomensurável que chega a se parecer com a grandeza da morte.
Deve-se deixar-se inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele é nós."
Clarice Lispector
domingo, 29 de julho de 2007
e essa falta que é presença
cheiro, peso
e uma franqueza que eu posso tocar
Às vezes eu dou pra falar de amor. Algumas poucas vezes já que ele também é silêncio, pensamento e tanto mais que palavra não diz. Esses dias aqui sem ele, e com ele, sempre com ele, pensando sobre nós, lembrei do som, de como meu sorriso surgia ali. Aquele sorriso que talvez seja o meu melhor.
Tão longe, tão perto, em toda a falta de sentido dessas medidas e números que chamam distância.
Aqui.
cheiro, peso
e uma franqueza que eu posso tocar
Às vezes eu dou pra falar de amor. Algumas poucas vezes já que ele também é silêncio, pensamento e tanto mais que palavra não diz. Esses dias aqui sem ele, e com ele, sempre com ele, pensando sobre nós, lembrei do som, de como meu sorriso surgia ali. Aquele sorriso que talvez seja o meu melhor.
Tão longe, tão perto, em toda a falta de sentido dessas medidas e números que chamam distância.
Aqui.
sábado, 28 de julho de 2007

isso ela não inventou
inventou homens, bichos, crianças
pariu dolorosa
Pariu meninos
guardou segredo
A palavra não encerra o olhar
Apesar da fúria
Fúria doce
Candura
de uma história que não tem fim
a mulher se desculpa
se sente cansada
mas não é triste
é criança
por sorte
por sorte nossa, dela
por sorte
ela não cresceu
terça-feira, 24 de julho de 2007
sábado, 21 de julho de 2007
terça-feira, 10 de julho de 2007
Há bem mais sóis queimando entre as estrelas

Não, não me mataram. As minhas preces se atendem também em sonho e eu acordo quieta e torcendo pra reaprender a dormir, só deitar e ficar quieta, e que venha, que o sono venha calmo feito o sol que chega, chega fora de hora e me faz tremer.
sábado, 7 de julho de 2007
domingo, 1 de julho de 2007

"Tanta coisa que então eu não sabia. Nunca tinham me falado, por exemplo, deste sol duro das três horas. Também não me tinham avisado sobre este ritmo tão seco de viver, desta martelada de poeira. Que doeria, tinham-me vagamente avisado. Mas o que vem para a minha esperança do horizonte, ao chegar perto se revela abrindo asas de águia sobre mim, isso eu não sabia. Não sabia o que é ser sombreada por grandes asas abertas e ameaçadoras, um agudo bico de águia inclinado sobre mim e rindo. E quando nos álbuns de adolescente eu respondia com orgulho que não acreditava no amor era então que eu mais amava; isso eu tive que saber sozinha. Também eu não sabia no que dá mentir. Comecei a mentir por precaução, e ninguém me avisou do perigo de ser tão precavida; porque depois nunca mais a mentira descolou de mim. E tanto menti que comecei a mentir até a minha própria mentira. E isso - já atordoada sentia - isso era dizer a verdade. Até que decaí tanto que a mentira eu a dizia crua, simples, curta: eu dizia a verdade bruta."

Fazia tempo que eu não reparava tanto nos minutos, nas palavras e na minha falta de jeito pra lidar com algumas coisas. Mas não é fácil sair do ninho, é feito parto, um parto outro, coisa de vida. Mas gosto de pensar na crença que surge em meio a tudo isso, nesse desejar intimamente que beira doer, e dói. E hoje eu rio. Há um riso agradável no meu rosto, minha espera é contente, carinhosa e entregue. Há um riso quase delirante nesse meu pertencer. Acho bonito, bonito demais.
O que passa por essa janela agora?
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Há uma criança
Há duas
um rosto enfiado no travesseiro
uma voz que falta
e eu sei que os ruídos
dizem sobre algo mais
de nome bonito e grande
quando significa
às vezes dou pra saber das palavras
e do silêncio que vem depois delas
sei também de um não largar
de um não largar maior do mundo
de uns nomes, de um jeito de se dizer
sei da neblina que eu não vejo
da náusea que eu quase pude sentir
de uma dor que aumenta à noite
e do que palavra não abarca
Há duas
um rosto enfiado no travesseiro
uma voz que falta
e eu sei que os ruídos
dizem sobre algo mais
de nome bonito e grande
quando significa
às vezes dou pra saber das palavras
e do silêncio que vem depois delas
sei também de um não largar
de um não largar maior do mundo
de uns nomes, de um jeito de se dizer
sei da neblina que eu não vejo
da náusea que eu quase pude sentir
de uma dor que aumenta à noite
e do que palavra não abarca
quarta-feira, 27 de junho de 2007
domingo, 24 de junho de 2007
Esses dias
O que eu faço com os meus passos pesados pela cidade? Andei reparando no meu andar por aqui e nossa, é pesado, arrastado. Eu me assusto e o meu caminhar carrega o meu querer e o meu assombro por uma cidade que dia após dia não é mais minha. Não sei bem se um dia ela foi, não sei, mas já me senti à vontade, já vivi a cidade, do meu jeito meio torto, mas vivi. Aprendo a fazer oração, e eu faço, sozinha na rua eu falo em um deus como se ele fosse meu, eu ameaço chorar, silencio. Não é fácil, não é fácil querer, sei que não é.
Eu ainda vou falar muito o nome dele sozinha até lá.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
quinta-feira, 14 de junho de 2007
sábado, 9 de junho de 2007
Felicidade Clandestina
Quem sabe eu aprenda. Quem sabe um meteoro caia sobre a minha cabeça nos próximos dias. Quem sabe os dias passem mais rápido do que eu imaginaria.
Quem sabe.
Agora eu tenho tudo isso no colo, nas mãos, no peito e eu seguro tão forte, tão forte, e ando por aí com todo peso que alguém apaixonado tem, eu ando por aí com o peso da distância, com o peso do tempo, do tempo que eu me alimento, do tempo que traz e leva as pessoas. Algumas eu sei que ele nao vai levar, e como é bom dizer isso nesse instante, às vezes eu dou pra ter fé, sabe, às vezes o mundo me traz isso e é bom, eu gosto de mim assim. Deito, perco o sono, sonho, choro, rio, celebro e amo, amo como nunca. A verdade é que eu acredito em milagres, daqueles que não vem de santos, mas vem de preces e de uma crença tão íntima que dói, num acreditar tão verdadeiro que não há escolha. Não, não há.
Não, eu nem quero tanta coisa, a resposta pro meu querer é bastante simples, simples demais. Quero dizer sim com um aceno, com um beijo e com um não querer largar maior do mundo.
"Que coisa grande essa! " - É meu peito que diz.
Quem sabe.
Agora eu tenho tudo isso no colo, nas mãos, no peito e eu seguro tão forte, tão forte, e ando por aí com todo peso que alguém apaixonado tem, eu ando por aí com o peso da distância, com o peso do tempo, do tempo que eu me alimento, do tempo que traz e leva as pessoas. Algumas eu sei que ele nao vai levar, e como é bom dizer isso nesse instante, às vezes eu dou pra ter fé, sabe, às vezes o mundo me traz isso e é bom, eu gosto de mim assim. Deito, perco o sono, sonho, choro, rio, celebro e amo, amo como nunca. A verdade é que eu acredito em milagres, daqueles que não vem de santos, mas vem de preces e de uma crença tão íntima que dói, num acreditar tão verdadeiro que não há escolha. Não, não há.
Não, eu nem quero tanta coisa, a resposta pro meu querer é bastante simples, simples demais. Quero dizer sim com um aceno, com um beijo e com um não querer largar maior do mundo.
"Que coisa grande essa! " - É meu peito que diz.
domingo, 27 de maio de 2007

beijou sua mulher perto das nuvens
num concreto bordado nas alturas
com manobras de amor no precipício
E esse fogo encantado que por vezes toca e queima. E essa terra quente, lugarzinho estranho de encruzilhadas, rodopios, onde dou meus movimentos estranhos por querer. E eu quero , adoeço por querer, e por vezes, muitas vezes, eu já me perguntei como eu vou aguentar viver assim, dolorosa desse jeito. É quase engraçado o jeito como eu não sei dar jeito pras minhas coisas, pros meus desejos, grilos e ânsias. Ô menina ansiosa, agoniada! Eu ando de lá para cá, sento, choro, me recolho, mas eu sou assim sem jeito mesmo e viver é assim, perigoso demais, doloroso demais e quente.
Por aqui, viver arde.
sexta-feira, 11 de maio de 2007

terça-feira, 8 de maio de 2007
Para moças flores, janelas e quintais
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